FEIJOO Husserl E A Fenomenologia
Ana Maria L.C. Feijoo
Cap. 1 – 1.1 Husserl e a Fenomenologia (p. 25 a 34)
Sobre Edmund Husserl:
Husserl nasceu na Tchecoslováquia (Europa Central) em 1859 e morreu em 1938.
Ele dedicou-se primeiramente a matemática e depois começou a admirar a filosofia. Passou o resto de sua vida dedicando-se a filosofia e a fenomenologia.
A fenomenologia nasceu de uma crise:
Pode-se dizer que toda a vida filosófica de Husserl é dominada pelo sentimento de uma crise da cultura. É, possível afirmar que a fenomenologia nasceu de uma crise.
A partir de 1880, a bela segurança do pensamento positivista começa a ser abalada, pois cada vez mais os fundamentos e o alcance da ciência tornam-se objeto de interrogação: terão as leis que ela descobre uma validez universal? Qual é o sentido de sua objetividade? Não serão elas mesmas convenções e não dependerão do psiquismo, cujas leis a psicologia por sua vez descobre? Mas outras questões começam também a se colocar: o que dizer do sujeito concreto, em sua vida psíquica imediata e em seu engajamento histórico, que o pensamento objetivo não consegue explicar?
Husserl abandona em 1884 seu posto na área da matemática e começa a dedicar-se a resolução desta crise.
O que Husserl quer é rejeitar o naturalismo destas ciências. Essa tendência que Husserl combate com o nome de psicologismo, tem por resultado minar a base dessas próprias ciências, já que relativizam seu próprio fundamento. Ou seja, o psicologismo tenta explicar o psiquismo através dos fenômenos naturais, porém, segundo Husserl, isso não é possível pois explicamos a natureza e compreendemos a vida psíquica.
O caminho que Husserl busca e que comandará até em suas últimas obras e sua concepção da fenomenologia é uma via que vai ao encontro das coisas mesmas, e para isso é preciso da ajuda da filosofia. Mas, não a filosofia pronta e acabada e sim uma filosofia rigorosa que olhe para o fenômeno tal qual ele é.
Proposta de Husserl:
Husserl propõe