Feijao
O cultivo de milho pode ser atacado por diferentes espécies de inseto desde o plantio até próximo à colheita. No entanto, algumas espécies merecem maior atenção por parte dos agricultores devido ao local de ataque. É o caso, por exemplo, das espécies que atacam as partes reprodutivas da planta, como o complexo de insetos denominados “lagartas”. A espécie mais tradicional e reconhecida como a mais importante é a lagarta-da-espiga, Helicoverpa zea. No entanto, nas espigas é também possível ser encontrada a lagarta-pequena, Dichomeris famulata, a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda e a broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis. À exceção da H. zea e D. famulata, que são intimamente associadas à espiga, as outras espécies podem ocorrer em outras partes da planta, como folhas e colmos. O controle tradicional das espécies que atacam as espigas é dificultado pela localização das lagartas, geralmente protegidas dentro da espiga, sob as palhas. Quando o controle é através da pulverização com produtos químicos, além da baixa eficiência, há sempre o risco de eliminação de agentes de controle biológico e contaminação ambiental. Além do mais, a pulverização depende da disponibilidade de equipamentos apropriados que possibilitem a aplicação sobre plantas de tamanho elevado, incluindo, além da aplicação tratorizada, a aplicação via água de irrigação ou até mesmo a aplicação aérea. Tais equipamentos não são disponíveis para grande parte dos agricultores brasileiros e, portanto, nesta situação a pulverização não é feita. A ausência de inseticidas permite ao longo do tempo, a colonização de insetos benéficos específicos que acabam por reduzir a população da praga a níveis insuficientes para causar danos econômicos. É o caso, por exemplo, do parasitóide de ovos do gênero Trichogramma que pode atingir taxas de parasitismo acima de 70% em ovos de H. zea (“lagarta-da-espiga”). Outros agentes de controle biológico, também