Febre maculosa
A Rickettsia é uma bactéria que sobrevive basicamente dentro das células dos carrapatos. No Brasil, o carrapato mais comum e também o que mais comumente é vetor desta infecção é do tipo Amblyomma cajennense. Estes carrapatos são também conhecidos como "carrapato-estrela", "carrapato de cavalo" ou "rodoleiro". Eles infestam animais domésticos como as galinhas, cavalos, bois, cachorros e porcos e também animais selvagens como os gambás, as capivaras, cachorros-do-mato, coelhos, tatus e cobras.
O carrapato infectado pica o hospedeiro e através de sua regurgitação inocula a bactéria na corrente sanguínea do animal ou, mais raramente, em feridas abertas. No homem, isso não é comum porque para que haja a infecção o carrapato tem que ficar aderido de 4 a 6 horas.
Todas as pessoas são susceptíveis à infecção as quais, depois de infectadas, adquirem imunidade, provavelmente para o resto da vida.
Esta infecção não passa de uma pessoa doente para outra por contato físico nem contato com saliva, urina ou fezes. Sempre é necessária a picada do carrapato. Porém, a ausência de um relato de que houve a picada por um carrapato não exclui o diagnóstico já que este relato depende da observação e da memória do indivíduo. Além disso, mais de um caso pode aparecer na mesma família ou em pessoas que moram na mesma região porque foram expostos aos mesmos animais portadores de carrapatos infectados.
Os casos são mais comuns nos meses de primavera e verão.
Transmissão
Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os mais jovens e de menor tamanho são vetores mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos.
Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
Sinais e sintomas
Quando a bactéria cai na circulação causa vasculite, isto é, lesa a camada interna dos vasos. Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias depois da picada. Na imensa maioria dos