Febre Maculosa
O principal transmissor da febre maculosa, causada pela bactéria
Rickettsia rickettsii, é o carrapato Amblyomma cajennense, conhecido popularmente como carrapato estrela, que tem sua prevalência em zonas rurais. O agente etiológico pode causar uma doença potencialmente fatal em seres humanos e animais.
Atualmente é considerada uma zoonose de grande impacto para a saúde pública, devido à dificuldade de diagnóstico e à alta mortalidade em casos não tratados precocemente.
Nos últimos anos, pesquisas constataram o aumento acentuado de casos de febre maculosa no Brasil, especialmente na região sudeste. Diante da gravidade da doença, tendo em vista o numero acentuado de casos e de óbitos, cresce o interesse mundial pelas infecções causadas pelo gênero
Rickettsia.
Definição
A febre maculosa é uma infecção aguda causada por uma bactéria, a
Rickettsia rickettsii e transmitida pela picada do carrapato da espécie
Amblyomma cajennense.
Nomes populares: Pintada, Febre que Pinta, Febre Chitada, Tifo
Exantemático de São Paulo, Febre Paculosa das Montanhas Rochosas ou
Febre Maculosa do Novo Mundo.
A doença recebe em outros países o nome de "tifo de carrapato", "Rocky
Mountain spotted fever" (EUA), "fiebre de Tobia" (Colômbia) e "fiebre manchada" (México).
Histórico
A doença foi relatada pela primeira vez em 1899 por Kenneth Maxcy, na região montanhosa dos Estados Unidos quando descreve as manifestações clínicas da febre das Montanhas Rochosas. No período de 1906 a 1909,
Howard Taylor Ricketts conseguiu sucesso na transmissão dessa doença para porquinhos-da-índia, incriminou o carrapato como vetor e observou rickettsias a partir de tecidos de carrapatos.
No Brasil, há indícios da existência da febre maculosa desde o século
XIX quando era denominada “sarampão”, “sarampo preto”, “febre tifóide hemorrágica”, “pintada”, “febre que pinta”, “febre chitada” e “febre das montanhas”, denominações conhecidas nos estados de Minas Gerais, Rio