Fatores Psicossociais e sua importância para a Ergonomia

INTRODUÇÃO

Em Segurança do Trabalho, é ensinado como reconhecer os riscos decorrentes do trabalho, como ruído, iluminação precária, entre outros. Porém, existem fatores, chamados de “Psicossociais” que também podem ser considerados riscos, já que interferem no desempenho do trabalhador. A urgência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente de trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas irrealizáveis e as relações de trabalho tensas e precárias, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento profissional, considerados fatores psicossociais responsáveis por situações de estresse relacionado com o trabalho. Desde os anos 60, com o advento das novas tecnologias e dos sistemas de produção no trabalho, as questões ligadas á organização do trabalho e aos fatores psicossociais tem se destacado e gerado diversos estudos. Intensas inovações tecnológicas vêm ocorrendo nos países industrializados, através de diferentes processos decisórios no controle do processo de trabalho. A necessidade de procedimentos práticos e formas de gerenciamento de saúde ocupacional e segurança no trabalho vem sido identificada pelos centros colaboradores da OMS em Saúde Ocupacional. A ênfase agora está nas novas formas de risco que poderiam afetar negativamente a saúde e a segurança do trabalhador. Entre esses riscos, estão o estresse ocupacional, o assédio sexual e o mobbing - Violência moral ou psíquica no trabalho – que estão recebendo atenção em nível global e estão sendo movidos diversos esforços para compreender suas relações com o trabalho. Os riscos psicossociais podem interferir até mais do que fatores físicos no desempenho do trabalho. Esses riscos são os menos estudados e raramente considerados capazes de causar doenças ocupacionais ou relacionados com o trabalho, porém o desconhecimento e a desatenção com relação aos mesmos