Fatores de Coerência
KOCH, Ingedore Villaça, Travaglia, Luis Carlos, A coerência textual. São Paulo:
Contexto, 2001
Segundo Koch (2001) é impossível identificar a essência de um texto baseando-se apenas nas palavras de sua composição e estruturação sintática, portanto é evidente a importância dos elementos lingüísticos do texto para estabelecimento da harmonia do mesmo. Sabemos que tais elementos servem como dicas para que os conhecimentos armazenados na memória sejam ativados, servem para a composição do ponto de partida para que inferências sejam elaboradas, auxiliam a captar a orientação argumentativa dos enunciados que constituem o texto, etc. Vários fatores serão necessários para a formação da coerência, entre eles estão a ordem a qual virão esses elementos, o modo como elas se inter-relacionarão para transmitir sentido as marcas usadas para tal fim, entre outros.
É certo dizer que o nosso conhecimento de mundo possui um papel de suma importância na formação da coerência: se o texto falar de coisas que não é de nosso conhecimento, será difícil absorvemos o seu sentido e ele parecerá desprovido de coerência. Tal conhecimento é obtido na medida em que vivemos em contato com o mundo ao nosso redor e lidamos com uma série de fatos. Ele é armazenado em nossa memória de maneira organizada, em partes que se denominam modelos cognitivos. Existem diversos tipos de modelos, entre os quais são: os frames, esquemas, planos, scripts e as superestruturas ou esquemas textuais. Os modelos cognitivos são determinados e absorvidos através de nossa vivência em sertã sociedade. Existe também, além desse conhecimento, o cientifico que é aprendido nos livros e nas escolas. E a partir de tais conhecimentos é que vamos construir um padrão de mundo apresentado em cada texto, chamado de mundo textual.
Ainda de acordo com o autor, é sabido afirmar que cada um de nós vai absorvendo e armazenando os conhecimentos na memória a partir de suas experiências pessoais. Não é possível que