Resumo: Fatores de Coerência

Fatores de Coerência

Koch, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2001. Na primeira apostila, vimos que a construção da coerência vem de diversos fatores das mais diversas ordens: linguísticas, discursivas, cognitivos, culturais e interacionais A importância dos elementos linguísticos do texto é indiscutível para o estabelecimento da coerência. Esses elementos irão ajudar a captar a orientação argumentativa do texto, como um ponto de partida. Se não tivermos um conhecimento de mundo, qualquer texto que leiamos será difícil de ser compreendido e ele nos será destituído de coerência. Adquirimos esse conhecimento durante a vida, convivendo com o mundo. Esse conhecimento adquirido é armazenado em blocos, denominados modelos cognitivos. Existem vários modelos cognitivos: a) os frames – conjunto de conhecimentos armazenados mas não há qualquer ordenação entre eles. Exemplo: festas, comemorações, viagens, etc. b) os esquemas – conjunto de conhecimentos armazenados de forma sequencial temporal ou casual. Exemplo: um dia comum. c) os planos – conjunto de conhecimentos sobre como agir para conseguir determinado objetivo. Exemplo: vencer um jogo, chegar em um destino. d) os scripts – conjunto de conhecimentos sobre modo de agir altamente correto em determinada cultura, inclusive na linguagem. Exemplo: rituais religiosos, praticas jurídicas, etc. e) as superestruturas ou esquemas textuais – conjunto de conhecimentos sobre os diversos tipos de textos conforme vamos conhecendo quando temos contato e fazemos comparações entre eles. O mundo textual é um modelo de mundo representado em texto a partir dos conhecimentos adquirimos. Como cada um de nós vai armazenando conhecimentos na memória através de suas experiências pessoais, é impossível que duas pessoas tenham o mesmo conhecimento. É necessário que tanto o produtor como o receptor tenham pelo menos uma parcela do mesmo conhecimento. Quanto maior for essa