Fatores causais
Existiram diversos fatores históricos que influenciaram o surgimento da psicologia clínica. A clínica em si surgiu com a medicina de Hipócrates, pensador grego que inaugurou a observação clínica e a anamnese, as primeiras etapas para o exame médico. Com isso, surgiam o diagnóstico e prognóstico individual, fundamentais para o que se entende hoje como clínica. Ou seja, originariamente, a atividade clínica (do grego klinê – leito) é a do médico que observa o paciente e desenvolve um diagnóstico, prognóstico e tratamento a certa patologia ( Doron & Parot, 1998). Assim, a tradição clínica se desenvolveu junto da medicina e cada vez mais buscou explicar os problemas psicológicos humanos. Diante de tanto interesse no comportamento humano e suas patologias durante o século XIX, a psicologia moderna surge com Wilhelm Wundt, que funda o primeiro laboratório dedicado ao estudo dos processos mentais. Wundt consegue propagar a psicologia e obtém muitos estudantes interessados em psicologia. Um deles foi Lighner Witmer, o qual obteve diversas qualificações na área e se tornou professor de universidade. Certo dia, foi solicitada sua ajuda a um estudante chamado Charles Gilman para tratamento de um problema crônico para ler. Witmer aceitou o caso e realizou o tratamento do estudante, melhorando sua leitura. Assim, ele se tornou o primeiro psicólogo clínico e continuou seus trabalhos, fundando a primeira revista sobre psicologia clínica, chamada The Psychological Clinic. Logo, seus trabalhos influenciaram diversos cientistas e a psicologia clínica foi se fundando como área da psicologia. Durante o fim do século XIX, houveram muitas contribuições para a psicologia clínica vindas de pesquisadores e psicólogos como Janet, Charcot e Kraepelin, que classificaram as desordens psicológicas e trataram seus pacientes com problemas neurológicos e psiquiátricos. Além disso, William James, médico, filósofo e