Fatores anti-nutricionais da mandioca
Existem dois tipos de mandioca a doce ou mansa e a amarga ou brava. A amarga contém alto teor de uma substância chamada de linamarina que em contato com o suco gástrico é altamente toxico para os animais. A doce tem baixo teor dessa substância e pode ser consumida ao natural, é utilizada na culinária.
O complexo toxicogênico é formado de glicosídio-acetona-cianogênico e apresenta como produtos de decomposição final acetona e o ácido cianídrico-glicose Portanto, o princípio tóxico é um glicosídio presente em todas as partes da planta que, quando hidrolisado libera HCN, cuja ingestão ou mesmo inalação de ar por ele poluído constitui sério perigo a saúde, provocando toxidade. Esse composto inibe grande número de enzimas, particularmente a oxidase terminal, na cadeia respiratória. O consumo de alimentos que contêm grande quantidade de glicosídios cianogênicos, não só tem resultado em efeitos neurológicos crônicos, mas também tem provocado inibição da penetração de iodo na glândula tireóide.
Quando oferecida para ruminantes deve ser posta para secar durante 24 horas e em seguida misturada a 50% de outros volumosos, e quando oferecida a monogástricos deve passar pelo mesmo processo de secagem e ser misturada a 80% de concentrado. Todas as espécies domésticas podem se alimentar da sua parte aérea. Porém os poligástricos, têm maiores possibilidades de melhor aproveitá-la nutricionalmente.
Entretanto, quando o produto apresenta de 10 a 15% de umidade torna-se praticamente atóxico porque a secagem reduz significativamente o HCN.