Obtenção de concentrado proteico de folhas de mandioca

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1 – INTRODUÇÃO A desnutrição materna e infantil é a causa de mais de um terço das mortes de crianças menores de 5 anos ao redor do planeta. Ao todo, a desnutrição é responsável por cerca de 3,5 milhões de mortes infantis ao ano, e também por 11% das doenças desenvolvidas por mães e crianças. A desnutrição pode ser o resultado de alimentação deficiente ou excessiva. Ambas as condições são causadas por um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais (OLIVEIRA FILHO & OLIVEIRA, 2006). Em todo o mundo, as grandes diferenças sócio-econômicas restringem o acesso da população de baixo poder aquisitivo às proteínas de origem animal (leite, ovos, carne, entre outras). A privação desses nutrientes acarreta carência proteica que compromete a saúde da população, (MODESTI, 2006) e representa, especialmente na infância, um obstáculo a que os indivíduos e inclusive as sociedades desenvolvam plenamente seu potencial. Uma boa nutrição tem ainda importantes repercussões econômicas: a produtividade individual é mais alta, os custos de atenção em saúde são mais baixos e o rendimento econômico é maior (UNICEF, 2006). No Brasil, os dados mais recentes fazem referência a 6,0% de desnutrição em menores de cinco anos, estando estabelecido o objetivo de reduzir este índice à metade até 2015 (ROCHA, 2006). As folhas verdes dos vegetais têm-se mostrado favoráveis para servirem de fonte de proteínas, constituindo, assim, uma alternativa alimentar no combate à desnutrição, tanto de maneira indireta, sob a forma de rações para animais, que servirão de alimento para o homem, quanto diretamente na dieta humana. No Brasil, alguns pesquisadores têm estudado as folhas de mandioca, procurando uma possível alternativa para substituir alimentos convencionais, pois seu teor de proteínas, vitaminas e minerais é relativamente alto, quando comparado a hortaliças folhosas e grãos de cereais, além de apresentarem

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