Fashion and sustainable development
Introdução
A moda é novidade que estimula sentimentos e desejos, é um poderoso fenômeno social de grande importância econômica que deixou de ser somente sinônimo de glamour, frivolidade, enfeite estético e acessório decorativo.
Para Lipovetsky (1997), “a moda terminou estruturalmente seu curso histórico, chegou ao topo do seu poder, conseguiu remodelar a sociedade inteira à sua imagem: era periférica, agora é hegemônica”. Transformou-se em objeto considerado essencial para a vida cotidiana e vetor da articulação e do desenvolvimento de relações sociais
(Morais, 2006, p. 1).
Difundida para todos os campos da produção cultural, a moda permeia várias esferas da contemporaneidade. Ela tem a capacidade de condensar e traduzir sensibilidades próprias da cultura individual, indicando também como cada indivíduo se vê particularmente frente à sociedade
(Laguna, 2006. p. 6).
Tendo em vista essas particularidades, a moda transformou- se, sobretudo, em um elemento de consumo.
Consumo esse que se tornou excessivo, originando dele a necessidade de mais produtos e conseqüentemente maior uso de matéria-prima e maior demanda energética, gerando, a partir do modelo de produção dominante, diversos impactos ambientais negativos (Crane, 2006, p. 355).
No entanto, a preocupação com a preservação do meio ambiente no processo de desenvolvimento de produtos já faz parte do universo da moda. Seus consumidores já começam a se conscientizar dos problemas ambientais trazidos pelo consumismo.
Os estudos que abordam a moda na perspectiva do desenvolvimento sustentável são restritos. Constata-se que a maior parte deles, é referente à ótica conceitual, evidenciando apenas as grandes marcas e grifes, bem como novas coleções desenvolvidas em determinadas estações.
Assim, este trabalho tem como objetivo explicitar o tema sustentabilidade, considerando o contexto da moda.
O artigo fundamenta-se