fases da revoluçao francesa
Em maio de 1789, os Estados Gerais reuniram-se no Palácio de Versalhes num clima de grande comoção popular. Ao tomar conhecimento de que a votação dos projetos seria feita conforme a tradição - um voto por estado -, os deputados do terceiro estado rebelaram-se e propuseram aos demais deputados que todos se reunissem numa só assembléia, na qual o voto seria individual. A proposta foi recusada e, em junho, os deputados do terceiro estado se rebelaram, abandonaram Versalhes e se dirigiram a Paris, onde, no salão do jogo da péla (ver figura da página 34, à direita), declararam-se em Assembléia Nacional e juraram permanecer unidos até a promulgação de uma constituição.
Por várias vezes o rei Luís XVI tentou anular as decisões daquela Assembléia Nacional. Porém, as agitações populares em apoio ao terceiro estado espalhavam-se pelo país, levando o rei a pedir que os outros dois estados se unissem ao terceiro. Assim, no dia 9 de julho de 1789, reuniu-se a Assembléia Nacional Constituinte, encarregada de elaborar a Constituição.
Preocupado com seu futuro político, Luis XVI começou a organizar tropas para reprimir as manifestações burguesas e os levantes populares. Foi uma tentativa inútil. No dia 14 de julho de 1789, a população parisiense enfrentou as tropas reais e tomou a Bastilha, uma prisão política que simbolizava o autoritarismo e as arbitrariedades cometidas pelo governo francês.
No meio rural, a revolta atingiu um extraordinário grau de violência. Os camponeses, que viviam há séculos sufocados pelo autoritarismo senhorial e pelas obrigações feudais, rebelaram-se ocupando castelos e outras propriedades senhoriais, assassinando famílias inteiras de nobres, invadindo cartórios e destruindo títulos de propriedade. o medo de que a revolução camponesa se espalhasse e atingisse propriedades burguesas levou a burguesia a propor a abolição dos privilégios feudais, que foram finalmente extintos em agosto