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INTERAÇÕES ALIMENTOS - FÁRMACOS

O tratamento de várias doenças requer o uso de medicamentos, frequentemente envolvendo o uso de múltiplos deles. As interações alimentos-fármacos podem alterar os efeitos dos fármacos e os efeitos terapêuticos ou colaterais de medicamentos podem afetar o estado nutricional do individuo. De forma alternativa, a dieta e utilização de suplementos, a composição genética, ou o estado nutricional do paciente podem reduzir a eficácia do fármaco ou aumentar sua toxicidade. O estado nutricional pode sofrer impacto dos efeitos colaterais de uma medicação, que podem incluir um efeito sobre o apetite ou a capacidade de se alimentar (Krause, 2010).
Os pacientes devem ser avaliados individualmente com relação ao efeito dos alimentos sobre a ação dos fármacos e efeitos dos mesmos sobre o estado nutricional. As interações podem ser causadas, ou complicadas por polimedicação, estado nutricional, genética, doença subjacente, dietas especiais, suplementos nutricionais, alimentação por sonda, produtos fitoterápicos, etilismo, abuso de substâncias, presença de não nutrientes nos alimentos, excipientes em fármacos ou alimentos, alergia ou intolerâncias. Fármacos assim como a adsorção, podem diminuir ou impedir a absorção de nutrientes, um exemplo disso são as reações de quelação entre medicamentos e minerais (íons metais) que reduzem a quantidade de minerais disponíveis. Influenciando o tempo de trânsito dos alimentos e de nutrientes no intestino, os fármacos podem também reduzir a absorção alterando o ambiente gástrico (Force e Nahata, 1992), destes os com maiores efeitos sobre absorção são os que lesam a mucosa intestinal. (Valley et al, 2006). Além de poderem aumentar a metabolização de um nutriente causando sua passagem mais rápida pelo corpo, resultando em maiores necessidades; ou pode causar antagonismo de vitamina, através do bloqueio da conversão da vitamina para sua forma ativa. Alguns ainda podem aumentar ou diminuir a excreção urinaria