Farmacovigilância
A) Definição de farmacovigilância
Para a Organização Mundial da Saúde, a farmacovigilância é ciência e atividades relativas a identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problema possível relacionado com fármacos. Esse campo de atividade tem se expandido e, recentemente, incluiu novos elementos de observação e estudo, como: plantas medicinais; medicina tradicional e complementar; produtos derivados de sangue; produtos biológicos; produtos médico-farmacêuticos; vacinas. Além das reações adversas a medicamentos, são questões relevantes para a farmacovigilância: desvios da qualidade de produtos farmacêuticos; erros de administração de medicamento; notificações de perda da eficácia; uso de fármacos para indicações não aprovadas, que não possuem base científica adequada; notificação de casos de intoxicação aguda ou crônica por produtos farmacêuticos; avaliação de mortalidade; abuso e uso errôneo de produtos; interações, com efeitos adversos, de fármacos com substâncias químicas, outros fármacos e alimentos.
B) NOTIVISA
O Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA) é uma importante ferramenta para a notificação e o monitoramento de eventos adversos relacionados ao uso de produtos sob vigilância sanitária, dentre eles, o sangue e suas respectivas reações transfusionais adversas. O notivisa está acessível, mediante cadastro, a todos os serviços de saúde que realizam transfusão de sangue para a notificação das reações transfusionais adversas que ocorrerem em suas dependências. Ele pode ser acessado pelos diferentes entes do Sistema Nacional de VigilÂncia Sanitária (SNVS), em tempo real, para o gerenciamento das notificações de sua área de atuação. O Notivisa é único e comum a todos os envolvidos no processo, com uma ficha padronizada. No caso da Hemovigilância, as reações transfusionais devem ser inseridas no NOTIVISA por profissionais de saúde cadastrados