Carlos Fico - golpe 64 resumo novas perspectivas
O texto de Carlos Fico expõe e discute as mais variadas linhas historiográficas a respeito do golpe de 64 e o regime militar que o sucede. A partir do século XXI, pós retomada do regime democrático, se ampliam as discussões produções acadêmicas sobre a ditadura militar. Período histórico este extremamente nebuloso, devido aos esforços dos grupos que eram situação durante a ditadura em camuflar e subverter a veracidade dos fatos acrescido a essa explicação podemos dizer que o processo de anistia tampouco facilitou o esclarecimento da realidade. Através de pesquisa acadêmicas estão sendo superados mitos e estereótipos, esse processo é facilitado devido ao distanciamento histórico e ao não pertencimento dos pesquisadores as geração que vivenciaram intensamente esse momento histórico. Fico divide a literatura sobre o golpe de 64, em sua primeira fase em dois gêneros: o primeiro seria inspirado em uma vertente da ciência política norte-americana preocupada em classificar e posicionar militares. O questionamento principal proveniente dessa concepção seria se o militares era uma instituição autônoma ou estavam em acordo com outros grupos sociais. O segundo gênero mais voltado para a idéia de um inventário, obtenção de depoimentos e informações afim de reconstruir o período histórico. Esse gênero memorialístico muito contribui para a construção dos primeiros mitos e estereótipos criados ao redor do protagonistas da ditadura militar, pois ao basear-se em relatos de ambos os lados a tendência cairia sempre sobre uma suposta parcialidade dos fatos. Múltiplos são os equívocos interpretativos apontados por Fico: mito do Presidente João Goulart reformista vitimado por reacionários, a afirmação de que somente após 1968 a censura e a tortura foram praticadas, a suposição de que oficiais de alta patente não tinham conhecimento a respeito das torturas, a simplificação na divisão de