Farmacogenética do snc
1. Depressão: Fisiopatologia da doença
Atualmente a depressão é o mais comum dos distúrbios afetivos, afeta aproximadamente 17% da população mundial, e representa um problema de saúde pública, já que traz consigo uma piora da qualidade de vida das pessoas além do uso excessivo do sistema de saúde, aumentando seus custos. Estudos sugerem que uma em cada cinco pessoas irá passar por um episódio depressivo em algum momento da vida. Alguns estudos epidemiológicos revelam que são altas as chances de uma pessoa desenvolver depressão devido a uma predisposição genética, número que chega a cerca de 40%. (INEC) Além dos problemas que a depressão traz ao paciente em um primeiro momento, pode também atuar como fator de risco para o desenvolvimento diversas doenças. O desenvolvimento de diabetes tipo 1, por exemplo, pode aumentar em até 40% ou até mesmo dobrar se houver a presença de depressão, risco esse que pode ser associado aos hábitos de vida da população, como os hábitos alimentares, sedentarismo e tabagismo. Da mesma forma, nesses pacientes, também ocorre aumento de risco para a ocorrência de AVC e câncer. (FRÁGUAS, 2009) A depressão pode ser atribuída a um conjunto de alterações comportamentais e fisiológicas, associada a estados de alterações do humor envolvendo irritabilidade, tristeza, apatia, insônia, perda do interesse ou desejo agravada por motivos emocionais. Portanto, não deve ser confundida com sentimentos depressivos, decorrentes de uma resposta normal a acontecimentos relacionados com a vida pessoal e que podem ser experimentados por todas as pessoas em algum momento de suas vidas. São inúmeras as causas que levam ao seu desenvolvimento e as mesmas ainda não são totalmente compreendidas, ela pode ser determinada por fatores sociais e psicológicos, incluindo eventos da vida como mudança de residência, problemas financeiros, separações conjugais e morte de uma pessoa querida. O componente genético também atua