Família
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A família é a parte da gênese do ser humano, assume papel importante enquanto formadora em potencial da história, da identidade, subjetividade, afetividade e sexualidade de seus membros. A família produz, organiza e dá forma e significado às relações entre seus participantes: essa é sua habilidade e competência (Scabini, 1990).
É preciso entender a família na sua complexidade, apreender os determinantes sócio-históricos que a consubstanciam. Estes são múltiplos, mas, na essência, preservam um elemento comum, qual seja: a família é uma instituição imprescindível na formação do indivíduo; pode se caracterizar como um veículo de produção e reprodução de hábitos, valores, papéis e costumes. Na infância é que se recebe acompanhamento, orientações, estímulos que conseqüentemente refletirão na fase adulta dos sujeitos individuais e coletivos. Neste sentido, portanto, o primeiro contato com a família é necessário e importante para a socialização da criança e para a vida em sociedade.
“A família, como toda e qualquer instituição social, deve ser encarada como uma unidade simultaneamente forte e fraca.
Forte, porque ela é de fato um lócus privilegiado de solidariedades, no qual os indivíduos podem encontrar refúgio contra o desamparo e a insegurança da existência. Forte, ainda, porque é nela que se dá, de regra, a reprodução humana, a socialização das crianças e a transmissão de ensinamentos que perduram pela vida inteira das pessoas. Mas ela também é frágil, ‘pelo fato de não estar livre de despotismo, violências, confinamentos, desencontros e rupturas (...)’” (PEREIRA -
PEREIRA, 2004, P.