Família Romana
Introdução
Se pudéssemos voltar aos lares das famílias que viviam na Roma Antiga, veríamos na sala de cada casa, um altar e em redor desse altar, toda a família reunida. Todas as manhãs, as famílias se reuniam ali, ao redor do fogo para realizar suas primeiras orações, em todos os atos religiosos todos os entes da família cantam de olhos fechados, os hinos que seus pais lhes ensinaram.
Fora de casa, o mais próximo possível (geralmente no quintal), havia os túmulos dos entes que já se foram. Os romanos acreditavam que a morte não os separava de seus familiares, continuavam vinculados entre si nesta segunda existência. Em alguns dias próprios, os vivos se reúnem ao redor do túmulo e levam um banquete para seus familiares, derramam leite e vinho, levam bolo, frutas, e em troca dessa oferenda, clamam por proteção. Tratam os mortos como seus deuses e pedem para que tornem seu campo fértil, a casa próspera, o coração virtuoso
O princípio da família não faz parte do afeto natural. Esse sentimento de amor, esse afeto poderia existir em seus corações, porém para o direito não lhe representava.
Havia uma palavra bastante significativa para designar a família: EPÍSTION – aquilo que está junto ao fogo sagrado. Dessa forma, a família era considerada um grupo de pessoas a quem a religião permitia invocar os mesmos deuses e partilhar o banquete fúnebre aos mesmos antepassados.
Características
A família na Roma Antiga era patriarcal, ou seja, toda a autoridade era delegada ao homem, ao pai. A família romana era uma junção de tudo aquilo que estava sob o poder do pater famílias. O patriarca era o primeiro do lar, sendo assim, ele desempenhava todas as funções religiosas, econômicas e morais que fossem necessárias, os bens materiais pertenciam somente a ele. A representação familiar romana era simbolizada pelo pai e todo poder atribuído a ele terminava somente com a sua morte. Sendo o homem o senhor do lar, a mulher romana não