Familia
A incorporação da família como referência na política social brasileira reavivou o debate em torno do trabalho com famílias, que por muito tempo ficou relegado a segundo plano no âmbito do Serviço Social brasileiro. A intervenção do Serviço Social, na família, nasce vinculado aos movimentos de ação social numa proposta de dinamização da missão política de apostolado social junto as classes subalternas, particularmente junto a família operária, sendo o alvo predominante do exercício profissional é o trabalhador e a sua família, em todos os espaços ocupacionais.( IAMAMOTO, 1983 ) As ações do profissional, no início do século XX, eram focadas no individuo, e este era o principal responsável pelos seus problemas e necessidades quando ele era considerado um fracassado social, incapaz de gerir sua própria vida. A análise da conjuntura realizada pelo profissional de serviço sovial se limitava ao mundo de cada pessoa que estava sendo atendida, com o objetivo de melhorar seus comportamentos e suas condições, para que se reajustasse à sociedade. O trabalho com as famílias ganhou grande impulso e maior qualificação técnica no período de consolidação da profissão, através da apropriação do marco conceitual do Serviço Social americano, particularmente do Método do Serviço Social de Caso. Entre o período de 1961-1964 dá-se início perspectiva crítica ao serviço social tradicional, onde as categorias de assistentes sociais experimentam novas tentativas de experiências de estabelecer vínculos da ação profissional com as lutas de mudança. Há uma discussão da profissão dentro das bases da teoria social de Marx. Após o Golpe de 1964, o espaço de atuação profissional do assistente social limitou-se à execução das políticas sociais em expansão dos programas de desenvolvimento da comunidade, atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento