Familia
A vida em família é um processo de constantes rupturas, perdas e ganhos, apegos e desapegos, construção e reconstrução da trajetória de uma existência compartilhada.
Atualmente, percebem-se mudanças significativas na esfera familiar. A família de “antigamente” era mais numerosa, mais rígida, com papéis mais estáveis e definidos. Em função disso, com um maior grau de hierarquia, cultivado e respeitado. O arranjo familiar era estável, mediante um casamento duradouro e longevo. A sociedade, durante muito tempo, manteve-se a mesma, conservadora, exigindo que cada pessoa seguisse um exemplo de modo de vida, de atitude. A família era sempre formada pelo pai que sustentava a todos e a mãe que cuidava da casa e educava os filhos: vários filhos, que por sua vez não podiam ter opinião diante dos pais. As crianças, sempre criativas, construíam seus próprios brinquedos e brincadeiras, usando para isso imaginação e tudo o que estava ao seu alcance. O jovem sempre estudando. Se fosse homem estudava para seguir a profissão do pai, e continuar aquilo que ele havia conseguido, se fosse mulher, estudava, mas era educada pela mãe para aprender a cozinhar, arrumar e criar seus filhos. Raras eram as que trabalhavam fora. Normalmente se tornavam professoras. Os jovens que procuravam expressar o que pensavam eram malvistos pela sociedade e muitas vezes reprimidos.
A realidade das famílias modernas esboçou uma revolução em sua organização, enfraqueceu o autoritarismo do pai ao tempo que a mãe deixou o fogão para concorrer com os homens no mercado de trabalho. Destarte, a sociedade transformou-se novamente, posto que a mulher com sua habilidade influenciou positivamente o mercado de trabalho, a política, a educação e o próprio homem. Porém, com essa metamorfose familiar, advieram crises de valores culturais e éticos.
A família atual é nuclear, mais flexível, o que proporciona uma mobilidade de papéis e uma hierarquia mais