Famila 2
Ao nascer, somos inseridos em um contexto familiar que já funciona de determinada forma, com seus valores, regras e costumes que contribuirão para a formação de nosso caráter.
É comum que os pais, ansiosos e cheios de expectativas, imaginem e queiram que o novo integrante possua algumas qualidades que admiram e valorizam como uma conduta preferida por aquela família.
De certa forma, as pessoas que o esperam chegar ao mundo criam uma “identidade” para o bebê, na medida em que escolhem o nome, desejam que torça para determinado time de futebol, que siga certa profissão e diversas outras características, mesmo antes do pequeno ser possuir a consciência de si e reconhecer uma autoimagem.
A influência da família
A família tem especial importância na construção de quem somos, pois é no seio familiar que o indivíduo inicia seu desenvolvimento e ao longo de toda a vida experimenta o processo de constituição de si.
A ligação através dos laços consanguíneos e o pertencimento ao grupo familiar de origem acompanha o indivíduo, mesmo quando deixa a casa dos pais, ou mesmo se um dos pais estiver ausente em sua vida. É a partir da relação com os cuidadores, sejam eles seus pais biológicos ou não, que o indivíduo apreende formas de se relacionar no mundo e acaba por construir sua autoimagem a partir destas vivências.
O que eu carrego da minha família?
Esta é uma boa pregunta para se fazer quando se quer entender alguns dos comportamentos, autoconceitos e autoimagens que criamos sobre nós mesmos.
A criança possui uma grande sensibilidade e facilidade para entregar-se às relações, a ponto de perceber sentimentos e sensações dos pais/cuidadores e reagir por meio destas referências. Algumas vezes tornam-se o que os pais esperam dela, para assim se sentirem amadas por eles. Por exemplo, a criança “boazinha” que reprimiu suas emoções de raiva e medo, e quando adulta se tornou uma pessoa que não consegue dar voz