falta de mao de obra
José Ignácio Villela Júnior
Diretor de produtos do Ietec e coordenador técnico da área de Gestão e Tecnologia Industrial do Ietec.
Muito se fala atualmente na falta de mão de obra qualificada e não há como negar este fato. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada em fevereiro de 2011, mostra que sete em cada dez empresas industriais brasileiras afirmam que a escassez de mão de obra qualificada prejudica a competitividade, uma vez que segundo eles, devido à falta de qualificação a busca de eficiência e a redução de desperdício acabam sendo as atividades mais prejudicadas nas empresas, o que resulta em potenciais problemas de qualidade, custos mais elevados e lucros menores.
Com o país em pleno crescimento parece que este problema tende a aumentar. Segundo pesquisa realizada no ano de 2010 com mais de 35 mil empregadores em 36 países, pela consultoria internacional de recursos humanos Manpower, mostra que a escassez de mão-de-obra qualificada no Brasil só não é maior do que a no Japão.
Ainda segundo os dados da pesquisa do CNI, as empresas têm enfrentado o problema de diversas formas, por exemplo; 78% das empresas pesquisadas capacitam o profissional dentro da própria companhia, 40% delas fortaleceram suas políticas de retenção de talentos, 33% delas buscam a capacitação de seus profissionais fora da empresa, através de empresas de Educação e Treinamento Profissional.
Este é um assunto presente na alta cúpula das empresas, fato que pode ser comprovado com os dados da pesquisa Global CEO Study 2010, realizada pela IBM, onde ficou constatado que 50% dos CEOs brasileiros revelaram que a falta de mão de obra qualificada é ainda um grande obstáculo para o sucesso de suas empresas e que o déficit de profissionais se dá tanto no nível estratégico quanto para funções operacionais dentro da organização.
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