Falta de investimento público
O Brasil necessita ainda avançar muito em seu sistema financeiro, porque a participação do crédito bancário no PIB era de somente 39,7% em 2008. Já o total de operações de crédito no Brasil passou a somar R$ 1,410 trilhão em 2009, com crescimento de 14,9% no ano. Este resultado representava 45% do PIB. Os juros ao consumidor final no Brasil são extorsivos, sendo a taxa média cobrada para pessoas físicas de 42,7% ao ano em dezembro de 2009.
Enquanto isso, o crédito nos EUA chega a 250% do PIB e na China chega a 150%. Já na Coréia do Sul e no Japão, a participação é de 100% do PIB. Até o Chile beira os 70 %. Somente taxas de juros civilizadas e produtivas levarão o país ao desenvolvimento econômico e social. Isso deveria ter sido enfrentado pelo governo, muito mais do que com o incentivo ao microcrédito, e somente buscando consultoria técnica do FMI para contrapor-se aos Bancos.
A baixa taxa de investimento (em relação ao PIB) é outro e o maior entrave a ser desmontado, pois será ideal para alavancar a economia quando chegar a 25% (para crescimento anual acima de 5%), o que poderá ser conseguido até 2012. A China tem hoje uma taxa de investimento superior a 36%.
Em março de 2007, o IBGE anunciou nova metodologia para o cálculo do PIB NOMINAL do Brasil, tendo havido uma revisão dos números para cima entre 2002 e 2005, com reflexos no PIB de 2006. Com isso, o crescimento do PIB de 2006 aumentou de 2,9% para 3,7%. O PIB de 2005 aumentou de 2,3% para 2,9%. O de 2004, aumentou de 4,9% para 5,7%; o de 2003 foi recalculado de 0,5% para 1,1 %; e o de 2002 saiu de 1,9% para 2,7 %. A previsão de crescimento para 2007 saltou logo para 4,5 %. O ano de 2007 fechou com aumento do PIB em 5,7%.
Os novos resultados do PIB mostraram que houve redução da proporção de investimento na economia brasileira. A taxa de investimentos caiu de 20,6% do PIB para apenas 15,9% em 2005, com o novo cálculo. Já em 2007, ela atingiu 17,4%, indo a 19,1% em