Geografia
IANNI, O. Globalização e crise do estado-nação. Araraquara: Revista semestral do departamento de Sociologia e Pós-Graduação em Sociologia FDL – UNESP, 1999. Na visão do autor o capitalismo se tornou mais dinâmico e articulado por meio de processos e estruturas intrínsecas na globalização, os quais se desenvolveram na guerra fria.
Essa nova dinâmica capitalista fez com que os Estados transformassem seus próprios territórios em locais favoráveis para a instalação e desenvolvimento de empresas e corporações transnacionais. Isso ocorreu com a ajuda dos avanços tecnológicos e das pressões por parte corporações transnacionais que junto a instituições tais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BIRD) e Organização Mundial do Comercio (OMC), exigem dos Estados sua reforma. Esses modificam suas estruturas políticas, econômicas, socioculturais e jurídicas, de tal forma que grande parte sociedade civil “é desafiada a sobreviver, organiza-se e conscientizar-se elaborando novos meios de luta para influenciar ou conquistar o poder”.
A luta, a reorganizações e conscientização dos grupos e classes subalternas para a construção da prática hegemônicas, é um condição colocada na medida em que o seu Estado-Nação cai em crise e passa a ser dirigido pelas articulações das forças produtivas dominantes em nível mundial, já que, os projetos nacionais são substituídos por projetos do capitalismo transnacional. Logo se tem a separação do Estado com a sociedade civil, pois o primeiro age em prol do transnacional, do global, ao invés de atender a priori os interesses das bases de sua sociedade civil. Assim a atuação do neoliberalismo junto ao controle político da mídia transnacional, leva o Estado a uma