Arquitetura contemporânea de BH ganha exposição na Casa do Baile
O que falta? "Que a arquitetura esteja mais presente no cotidiano da cidade como um todo e não apareça somente em pedaços privilegiados dela", responde Carlos Alberto Maciel, lembrando que as periferias continuam com alta densidade de construções e sem nenhum edifício exemplar. "Estamos carentes de intervenções menos ligadas à construção de um edifício e mais voltadas para a mediação das relações humanas", acrescenta. Este último aspecto foi critério para a seleção das obras. "A revitalização do Centro de BH interessa menos pelo aspecto formal e muito mais pelas consequências que teve sobre a região", elogia, lembrando ação que somou o público e o privado.
Cinquenta e quatro obras, com bons projetos arquitetônicos, formam conjunto expressivo, mas é pouco diante do muito que se constrói em Belo Horizonte e em Minas. O que significa, segundo ele, que o arquiteto, infelizmente, continua profissional pouco solicitado na hora de construir a cidade ("por falta de interesse geral e, inclusive, do próprio arquiteto"). A boa notícia é que foram retomados investimentos no setor e têm sido patrocinadas obras de porte, especialmente pelos governos (municipais, estaduais e federais), mas com participação importante de empresas privadas.
O que falta? "Que a arquitetura esteja mais presente no cotidiano da cidade como um todo e não apareça somente em pedaços privilegiados dela", responde Carlos Alberto