Falsos brilhantes
Há uma praga que infelizmente infesta o mundo corporativo chamada falsidade.
Começa desde o menor degrau da escala hierárquica e se agrava na medida em que ascendemos rumo aos cargos executivos.
A falsidade no entanto é típica de organismos rasteiros, menores, tipicamente répteis. A principal característica desses indivíduos é a melidicência quando se referem aos seus iguais, erroneamente chamados de colaboradores. Já quando acessam a diretoria, o comportamento muda, se tornam servís, gentís, solícitos e até se subalternizam (perdoem o neologismo).
São alpinistas corporativos que não medem as consequências de seus atos e envenenam os ambientes por onde passam, usando com habilidade a manobra covarde de debitar ao colega as suas incompetências e faturar alto quando alguma coisa dá certo.
Os escrúpulos dessa gente se limitam a usar as teclas CTRL+C e CTRL+V, copiando, roubando, se apoderando da inteligência alheia em benefício próprio.
Mas por que falsos brilhantes? Justamente porque ostentam aquilo que não foram, não são e nunca serão. Ostentam um saber que não apreenderam, manipulam, usam, descartam, subjugam e aos olhos de quem paga a conta fingem ser o que não são. São aqueles tradicionais lobos travestidos em pel de cordeiro.
As organizações infelizmente levam muito tempo para perceber a presença nefasta, nociva e degradante desses indivíduos. No longo prazo o pessoal de baixo se desestimula, cansa e se rende fazendo de conta que tudo vai bem.
As consequências para as empresas são extremamente danosas. Seus dirigentes quando descobrem a farsa, quando descobrem que compraram gato por lebre, que o diamante não passa de bijouteria barata, aprendem também que o dinheiro não aceita desaforo e que terão que