Esta peça de Almeida Garrett conta a história de Duarte Guedes, um mentiroso compulsivo, e do seu noivado com Amália. A acção decorre na Lisboa do século XIX; o tempo é desde a manhã até à noite do dia posterior à chegada da família Brás Ferreira a Lisboa. José Félix, criado particular do General Lemos, vem à hospedaria onde estão alojados os Brás Ferreiras visitar Joaquina, criada de Amália, esta personagem anuncia-lhe que Amália está para casar com Duarte Guedes, e que, se o casamento se concretizar receberá umas “sonantes”. Cem moedas de ouro de dote. O obstáculo quer ao dote, quer ao casamento é o vício incorrigível que Duarte tem de mentir, uma vez que o futuro sogro só lhe dará a mão da filha na condição de não apanhar o futuro genro em qualquer mentira, durante um dia. Condição essa que muito preocupa Amália e, por consequência Joaquina e José, pretendentes ao seu dote. Duarte chega acompanhado de Brás Ferreira a quem pretende impressionar, começando então a contar uma série de mentiras que comprometem o seu casamento. Há-de ser José Félix quem salva Duarte da situação em que se vai enredando, fingindo ser, de modo bem verosímil, as personagens fantasiosas que Duarte foi inventando. Tudo teria corrido bem, não fora dar--se o caso de aparecer o General Lemos em pessoa, algo que acabou por desmascarar Duarte e a farsa de José Félix. No fim, Duarte promete que nunca mais mentirá; Brás Ferreira cumpre a sua palavra e consente o casamento da filha (porque, na verdade não foi ele quem apanhou Duarte a mentir); José Félix e Joaquina recebem então o seu dinheiro, única verdade na