Por que falar a verdade?
A VERDADE?
AOS 18 anos, Alfredo era estagiário.* A empresa para a qual trabalhava providenciou que ele e vários outros estagiários fizessem um curso técnico dois dias por semana. Certo dia, a classe foi dispensada mais cedo do que de costume. Segundo as normas da empresa, os estagiários deveriam voltar para a empresa e trabalhar o restante do dia. Em vez disso, todos saíram para se divertir, exceto Alfredo, que voltou para o local de trabalho. Por coincidência, o diretor da empresa responsável pelos estagiários apareceu por lá. Ao ver Alfredo, ele perguntou: “Por que você não está na aula hoje? Onde estão os outros estagiários?” Como Alfredo deveria responder?
A situação embaraçosa de Alfredo é comum. Ele deveria dizer a verdade ou salvar a pele de seus colegas? Falar a verdade significaria problema para os outros e o tornaria malvisto. É aceitável mentir em tais circunstâncias? O que você teria feito? Mais tarde voltaremos ao caso de Alfredo, mas, primeiro, vamos ver o que está envolvido quando temos de decidir entre falar a verdade ou não.
A verdade e a mentira — um conflito antigo
No começo da história humana, tudo se baseava na verdade. Não existia deturpação de fatos, nem manipulação, nem distorção da verdade. Jeová, o Criador, é o “Deus da verdade”. Sua palavra é a verdade; ele não pode mentir e condena a mentira e os mentirosos. — Salmo 31:5; João 17:17; Tito 1:2.
Sendo esse o caso, como surgiu a mentira? Com conhecimento de causa, Jesus Cristo deu a resposta quando falou o seguinte aos opositores religiosos que procuravam matá-lo: “Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi um homicida quando começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade. Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é um mentiroso e o pai da mentira.” (João 8:44) É claro que Jesus estava se referindo ao que aconteceu no jardim do Éden, quando Satanás induziu o primeiro casal