Era 24 de maio, lindo domingo de outono, deparei-me com o frescor da alva pele de Virgínia. Sua face rosada mexeu com minha imaginação. Não suportei a possibilidade de vê-la passar em vão. Louco, lancei-lhe meia dúzia de palavras tortas. Ela nada entendeu. Expliquei contraditoriamente minha ação: - Olá, não me tome por louco! Não quero te assustar, mas é que temo por deixá-la ir mais uma vez… - Não entendi, senhor! Virgínia ficava ainda mais bela ao olhar em meus olhos aflitos pelos seus. Envergonhada, corava enquanto eu tentava explicar meu estado de loucura. - Me Perdoe senhorita! Sou Leopoldo. Tenho observado você por longos domingos. Sempre sozinha, perdida em seus pensamentos… - Eu já havia percebido! Custei a acreditar que fosse para mim o seu olhar… - Como se chama? - Virgínia! - Virgínia, Virgínia… – Não cansava de repetir – Doce nome. Daí por diante passamos a nos ver todos os domigos vivendo intensos momentos de amor. Os lábios de Virgínia eram morangos adocicados. Nada ingênuos como supus. Ela entrava dentro de minha alma cada vez que a tocava. Eram beijos quentes, longos, cheios de paixão. A cada domingo uma supresa me aguardava. - Oi meu amor, o que me trouxe hoje? - Leopoldo meu amor, hoje trouxe toalhas vermelhas da cor da paixão que tenho por ti. Seus olhos brilhavam intensamente e ali sob aquele fresco sol de outono vivia a mais louca fantasia de amor. Virgínia me envolvia em seus braços com verocidade tal, que não me dava tempo para pensar na segunda. Eu passava a semana pensando por onde andava Virgínia. Milhões de perguntas sem respostas. Onde morava? Com quem? E sua família por onde andava?Eu nada sabia. De quando em vez queria lhe peguntar,mas ela escorregadia, não me deixava pensar. Tascava-me um daqueles beijos quentes; seus lábios devoravam os meus, sua língua percorria meu corpo inteiro e eu a deixava escapar. Como um feitiço louco eu me permitia ir de novo e de novo naquele