Extração da enzima bromelina do abacaxi
O abacaxi é um fruto refrescante, de sabor doce e ácido (GEOCITES, 2011). Seus maiores produtores mundiais são Tailândia, Filipinas, Costa Rica, Brasil, China e Índia. É utilizado tanto para consumo ao natural como para processamento industrial em suas mais diversas formas (pedaços em calda, suco, pedaços cristalizados, geléias, licor, vinho, vinagre e aguardente). O abacaxi fruto (polpa) é a parte comercializável da planta, porém, esta porção representa somente 63% do total da mesma, enquanto que o restante, formado por caule, folha, casca, coroa e talos, é considerado resíduo agrícola, e não tem sido devidamente aproveitado, resultando em perdas econômicas, pois estes resíduos apresentam teores representativos de carboidratos, proteínas e enzimas proteolíticas, que possibilitam a sua utilização industrial como matéria-prima para a obtenção de bromelina, amido, fibras, álcool etílico e rações animais (SOUZA et al, 2009). Dentre a grande a quantidade de subprodutos que podem ser extraídos do abacaxi, a bromelina tem recebido uma atenção considerável nos últimos anos, isso se deve a grande utilidade dessa enzima proteolítica na indústria de alimentos e fármacos. Bromelina é o nome genérico dado ao conjunto de enzimas proteolíticas (SOUZA et al, 2009), que em meio ácido, alcalino ou neutro transforma as matérias albuminóides em proteoses e peptonas (fragmentos resultantes da destruição enzimática da proteína) (RGNUTRI, 2011). É encontrada nos vegetais da família Bromeliaceae (SOUZA et al, 2009), possui alto peso molecular e é capaz de ser absorvida pelo trato gastrintestinal produzindo ações antiinflamatórias e antiexsudativa, podendo apresentar efeitos anticoagulantes e inibição na agregação plaquetária (TEIXEIRA, 2008). Não está presente nos primeiros estágios de desenvolvimento do abacaxi, porém, seu nível aumenta até o amadurecimento, diferentemente das enzimas papaína e ficina, encontradas respectivamente no mamão e no figo, que se