Expressionismo alemão
A arte expressionista teve influência, como o próprio nome sugere, da pintura. No campo do cinema, o expressionismo alemão teve seu apogeu após a primeira guerra mundial. A Alemanha sai da guerra, além de enfraquecida e completamente empobrecida, humilhada e ressentida. E é dentro deste quadro que sofrerá influência do Expressionismo, um movimento artístico moderno que se contrapõe ao Realismo do século XIX. Tal movimento artístico é influenciado por várias vertentes das artes, que davam vazão ao mundo interior do artista, aos estados da alma e seus tormentos. Dessa forma, o cinema do expressionismo alemão trará como temática justamente a loucura, a angústia, o sobrenatural, a monstruosidade, o grotesco. Quanto ao estilo cinematográfico, o expressionismo alemão é saliente, mas baseado praticamente na mise-en-scène: a cenografia é estilizada, distorcida (a deformação da perspectiva); a interpretação é não naturalista, exagerada, grotesca e teatralizada; a iluminação e trabalhada e com grandes contrastes. Ao contrário do cinema soviético (com sua ênfase na montagem), no cinema expressionista a montagem e a câmera são até certo ponto neutras para não interferir no privilégio dado à mise-en-scène. Os principais cineastas deste período são: F. W. Murnau, Fritz Lang, Paul Leni, entre outros. O gabinete do Dr. Caligari (1921), de Robert Wiene é considerado uma das obras-primas do expressionismo alemão. Um dado importante é que o cinema alemão do período é geralmente apontado como o “carro chefe” cultural da instável República Weimar (1919-1933) e, por isso, um das fontes preparadoras do nazismo, adquirindo em função disso uma ambígua reputação. É preciso, entretanto, salientar que vários cineastas, atores, e técnicos alemães foram obrigados a buscar asilo em outros países justamente no período do apogeu do movimento nazista. Com isso, as influências “expressionistas” se espalharam em diferentes pontos do mundo, principalmente nos Estados