Explorando a caverna de Platão
As Organizações Vistas como Prisões Psíquicas
Examinaremos neste capítulo, como os seres humanos têm o poder de cair em armadilhas criadas por eles mesmos, explorando a noção de organizações como prisões psíquicas.
Essa idéia de prisão psíquica foi explorada na famosa alegoria da caverna de Platão em que Sócrates discute as relações entre aparência, realidade e conhecimento.
A alegoria descreve uma caverna subterrânea onde os seus moradores conhecem apenas este universo sombrio que é a realidade deles. Caso um dos habitantes deixasse a caverna este teria uma visão totalmente diferente do mundo em que ele vivia, pois agora ele tinha uma percepção diferente em relação aos habitantes da caverna. Se ele voltasse ao seu confinamento, sem dúvidas teria dificuldade de adaptação, e essa mesma dificuldade ele encontraria ao tentar passar para os que não tiveram a mesma experiência.
Esta imagem de prisão psíquica nos da condição para entendermos como as organizações e seus colaboradores são aprisionados por construções da realidade e por que é tão difícil mudar.
A Armadilha do Modo de Pensar Aprovado
Modos de Ver tornam-se modos de não ver
As organizações devem estar sempre atentas a mudanças, pois conquistar uma posição dominante no mercado não significa não precisar se transformar para atender novos desafios. Em tempos de mudança, em quase todos os setores é possível encontrar empresas que já tiveram sucesso e agora lutam para sobreviver, Danny Miller cita algumas razões por que isso acontece, argumentando que as organizações podem ser apanhadas em círculos viciosos em que vitórias e pontos fortes transformam-se em pontos fracos que causam sua queda. Outro exemplo que pode ser comparado às organizações que esquecem que poderosas visões do futuro podem gerar pontos cegos é a de Ícaro figura da mitologia grega que possuía asas de cera e chegou tão perto do Sol que as asas derreteram, derrubando-o para a morte, ou seja, o poder