explica o de diversidade
CONTEXTUALIZAÇÃO: Alguns apontamentos teóricos sobre relações de gênero e a escola. Em nossa sociedade, as diferenças entre homens e mulheres são comumente remetidas ao sexo e às características físicas, que são tidas como naturais e incontestáveis. Isso porque essas diferenças estão associadas aos atributos do corpo biológico, que, em tese, é portador de uma essência definidora dos atributos deles e delas. Com base nessa definição essencialista do que é ser homem e do que é ser mulher construiu-se um sistema de discriminação e exclusão entre os sexos, que comporta vários estereótipos, que se dão na oposição de atributos especificamente comuns ao feminino e aqueles associados ao masculino. Não é pouco comum escutarmos as seguintes dicotomias: a mulher sexo frágil/o homem sexo forte; o homem que não chora/a mulher sensível; a mulher que não tem competência para trabalhos administrativo/o homem como bom administrador; a mulher que sabe cuidar das crianças/o homem pouco cuidadoso com tudo, especialmente com as crianças; etc. Por muito tempo, essas oposições foram reforçadas por explicações cientificas de diferentes campos do saber, em especial, da Medicina e das Ciências Biológicas, e também por agências socializadoras como a família, a escola, o trabalho. No final dos anos 1960, no entanto, o movimento feminista denunciou a constatação de que os papéis sexuais de homens e de mulheres variam de cultura para cultura e de época para época.
Para oporem-se ao ideal essencialista, forjaram o conceito de gênero contrapondo-o ao de sexo. Esse movimento foi importante para superar explicações das desigualdades à luz de fundamentações que se baseiam nas diferenças físicas, biológicas. O conceito de gênero refere-se às construções sociais e psicológicas que se impõem sobre as diferenças biológicas de homens e mulheres. Joan Scott, uma teórica contemporânea do assunto, destaca que as