Expectativas das recessoes da crise economica financeira de 2008 no Brasil
Analisando o impacto da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, em um primeiro aspecto, é posta em xeque a afirmação (sustentada até pelo presidente da época Luiz Inácio Lula Da Silva) de que o Brasil não sofreria grandes impactos gerados pela crise.
Utilizando o PIB do Brasil para esta análise inicial, observa-se que no último trimestre de 2009 em comparação com o último trimestre de 2008, o PIB caiu 3,6%, que gerou a expectativa de forte desaceleração da economia brasileira para 2009 e 2010.
Essa expectativa de desaceleração, pode ser explicada a partir de dois aspectos principais. Primeiro, é válido frisar que houve uma reversão no saldo comercial e no saldo de transações correntes. Em 2008 as transações correntes geraram um resultado negativo de 28,3 bilhões de dólares, sendo este saldo negativo o primeiro déficit desde 2003. Além do mais, tanto as importações quanto as exportações caíram em 2009. Utilizando o período entre janeiro e abril para comparação, as exportações foram 17,4% menores em relação à 2008; e as importações foram 25% menores. As expectativas do saldo da balança comercial foram de aproximadamente 40% menores para 2009, em comparação à 2008.
Por conseguinte, também é necessário citar a ocorrência de um “esfriamento” dos mercados domésticos. Tal “esfriamento”, é decorrente em grande parte do “empoçamento” de liquidez e do crédito juntamente com a tendência do aumento da preferência pela liquidez dos agentes econômicos.
Assim, a crise financeira internacional fomentou uma diminuição do dinamismo do mercado. Tal diminuição, é associada a queda no consumo dos mercados domésticos, os quais diminuíram o nível de consumo devido a diminuição da oferta de crédito dos bancos. Esta diminuição causou nos agentes uma expectativa de que a economia não estava em um bom momento, então que seria melhor poupar e não consumir, gerando assim a queda no