Existência de deus
É impossível provar a existência de Deus!. Na verdade, essa afirmação tem sido elevada ao nível de dogma, na cultura intelectual humana. A razão que me faz saber que isso é considerado um dogma inquestionável é a reação que provocamos quando trago a tona essa questão. Quando alguém diz: “Você não pode provar a existência de Deus”, perguntamos: “Como você sabe? Você acabou de me conhecer! Como você sabe o que eu posso fazer ou não?”
O que a maioria das pessoas quer dizer quando pronunciam essa afirmação? A maior parte das pessoas quer dizer que eu não posso dar um argumento filosófico para a existência de Deus que convença todos os seres pensantes. É impossível dar um argumento que possa forçar uma concordância; dessa forma, o problema continua. Se o meu argumento não convencer o ateu mais ardente – as pessoas dizem – eu não provei a existência de Deus então. Uma vez que eu não posso convencer tal ateu a acreditar, meus argumentos não podem ser considerados como uma prova. Ora, se eles não podem ser considerados como provas, para que servem?
Eu concordo que não posso dar um argumento que convença todo ser pensante. Mas o que isso me diz? Diz qualquer coisa a respeito de Deus? Não. Diz mais sobre a natureza da prova do que sobre a existência de Deus. Eu não posso dar um argumento que convença qualquer um, sem a possibilidade de dúvida, de que Deus existe. Mas isso não é problema. Veja, eu não posso dar argumento a favor de nenhuma conclusão filosófica interessante que seja aceito por todos sem a possibilidade de dúvida.
Eu não posso provar, sem que haja a possibilidade da dúvida – de uma forma que convença todos os filósofos – que as montanhas rochosas estejam realmente aqui, como um objeto independente da mente. Eu não posso provar que o universo inteiro não tenha passado a existir cinco minutos atrás e que todas as nossas aparentes memórias não sejam ilusões. Eu não posso provar que as outras pessoas que você vê no