Existencialismo
O Humanismo se desenvolveu no inicio da década de 1960, vindo a ser considerado a terceira força em psicologia com os trabalhos de Maslow e Rogers. Surgiu como uma forma de reação às abordagens vigentes na época (bahaviorismo e psicanálise), que se limitavam a enxergar o homem através de princípios técnicos. Com o intuito de promover uma visão mais completa e positiva de homem, o humanismo busca ter como foco a percepção de seus aspectos saudáveis, tendo como princípio o desenvolvimento da consciência de si e aceitação dos sentimentos. Percebe-se que a essência da teoria humanista, assim como a visão reducionista de homem a que esta se contrapõe identifica-se com as ideias existencialistas. Para compreendermos os aspectos convergentes entre essas duas correntes (Humanismo e Existencialismo) faz-se importante destacar o fato de que Rogers, ao tomar conhecimento das ideias do filósofo Buber, percebeu a concordância entre suas opiniões. Buber, por sua vez, teve contato com as produções de Kierkegaard. O pensamento de Buber volta-se para a importância da experiência (Eu-Isso) e da relação (Eu-Tu) para a compreensão da existência. Temos, então, duas abordagens que se preocupam em tirar o homem da ilusão em que se encontra, aproximando-o do seu jeito de ser.
Apesar da identificação entre essas duas abordagens na forma de ver o ser humano, visão essa que considera o homem como um constante vir a ser, homem como potencialidade, alguns pontos são divergentes. A teoria humanista defende o homem como perfeito, como dotado de um impulso que o direciona ao crescimento (tendência atualizante). O ambiente terapêutico embasado na teoria humanista, portanto, tem como foco o desenvolvimento dessa tendência, ignorando, por muitas vezes, a importância dos aspectos agressivos do cliente frente a uma situação. Para o existencialismo, porém, tais aspectos são