Lutero
Em 1505, quando se preparava para o estudo de direito, foi abalado por dois acontecimentos: a morte repentina de um amigo e o fato de quase ter sido atingido por um raio. Isto, segundo alguns, foi o fator decisivo para sua entrada no mosteiro dos eremitas agostinianos, em Erfurt, em 17 de julho de 1505.
Lutero destacou-se na vida monástica, sendo ordenado sacerdote em 1507. Em 1508 foi para Wittemberg, onde se bacharelou em teologia um ano depois. De fins de 1510 a princípios de 1511 permaneceu em Roma para tratar de assuntos de sua ordem, e ali sentiu-se chocado com o secularismo da Igreja e o baixo nível moral da cidade.
Em 1512, novamente em Wittenberg, onde passaria o resto da vida, recebeu o título de doutor em teologia. Tornou-se professor sobre a Bíblia e grande pregador, cheio de zelo e devoção, cabendo-lhe o cargo, em 1515, de diretor de estudos e vigário distrital, encarregado de 11 mosteiros.
A partir desse momento, dedica-se ao estudo de Guilherme de Occam, a quem chama de "meu mestre", Duns Scotus e santo Agostinho, dedicando a este último grande predileção, sobretudo por lhe ter aberto os olhos contra o domínio de Aristóteles na teologia.
As 95 teses
Em 1517, o papa Leão 10, em troca de grande soma destinada à construção da nova basílica de São Pedro, em Roma, acolheu as pretensões de Alberto de Brandemburgo, que pretendia ocupar simultaneamente o arcebispado de Mainz, o de Magdeburg e, ainda, o bispado de Halberstadt. Em contrapartida, o papa concedia indulgências - a remissão, total ou parcial, das