Existencialismo: Uma Relação com a Gestalt - Terapia
Jéssica Emilly Rodrigues dos Santos1
Wanderlea Bandeira Ferreira2
RESUMO
O presente artigo se propõe a apresentar as influências do Existencialismo na Abordagem Gestáltica. No desenvolver deste artigo foram abordados referenciais teóricos em livros, passando pelos pensamentos de dois filosofo muito importantes, Kierkegaard e Sartre, os quais ajudarão a entender e se aprofundar melhor no conteúdo proposto. A partir disto será feita uma relação com uma personagem de um filme relacionando com a realidade, para evidenciar na prática como o existencialismo ocorre em nosso cotidiano.
Palavras Chaves: Existencialismo. Abordagem Gestáltica. Filme. Kierkegaard. Sartre.
Para Gallo (2014) O desenvolvimento da Gestalt – Terapia se dá no final dos anos 60 com Fritz Perls. Essa abordagem por muitas vezes já foi confundida com a Psicologia da Gestalt, o que são duas abordagens totalmente diferentes, sendo que Perls empresta algumas teorias para criar sua própria abordagem.
Segundo Perls (1965) a Gestalt – Terapia trabalha com a criação interna, conscientização, tempo presente igual e realidade igual. Em contraste com a psicologia nós tentamos apreender o óbvio, a superfície, a situação em que nos encontramos.
Por toda essa trajetória da criação da Gestalt – Terapia ela é influenciada pelo Humanismo, Existencialismo e a Fenomenologia. Nosso ponto de partida é o Existencialismo, que teve dois pensadores muito marcantes para esse desenvolvimento, são eles: Kierkegaard e Sartre, os quais irão mostrar o início desse pensamento tão revolucionário e como este se tornou tão importante para compreendermos a ser mais “vivos”, nos valorizarmos pelo que somos e não pelo que fazemos. (PERLS, 1997).
O EXISTENCIALISMO DE KIERKEGAARD
Kierkegaard foi o primeiro a se referir ao existencialismo, defendendo o direito do individuo e assim ele introduziu o conceito de existência, antecipando o existencialismo contemporâneo da época. (ZILLES,