Síntese fenomenológica, humanismo, existencialismo.
A crítica de Kant ao método filosófico metafísico resultará posteriormente na criação de um novo método; a fenomenologia. A metodologia vigente da época de Kant analisa apenas o objeto tal como ele se mostra (visão chamada realismo) ou a representação subjetiva do objeto construindo o seu sentido (idealismo), deixando de considerar a subjetividade e as limitações daquele que concebe o objeto, ou seja, o sujeito. As ideias prévias para a constituição da fenomenologia de Hurssel são advindas dos pensamentos de Kant, mais especificamente o que esse último chamou de revolução copernicana. Essa revolução nos traz principalmente a ideia de que não se pode observar um objeto sem primeiramente fazer uma compreensão do aparato psíquico (a priori) daquele que tem a acesso a esse objeto. Obeservando o objeto sem ter a noção da limitação da própria psiqué é colocar aquilo que se vê como verdade absoluta, não levando em consideração as diferentes subjetividades que podem analisar o mesmo objeto e estabelecerem verdades absolutas diferentes. Faz-se necessário portanto, uma obersevação do objeto a partir da análise da própria subjetividade. É importante também especular durante a análise daquilo que se mostra, as outras formas de aparecer que essse objeto pode ter, e de que diferentes maneiras outras pessoas poderiam interpretá-los. Nessa ponto não há objeto sem o sujeito que o interpreta e reconfigura de acordo com o seu aparelho psíquico. Com base também nas ideias de Kant, Husserl propõem no pensamento filosófico, um novo método que é a fenomenologia que busca exatamente dar mais rigorosidade às ciências do homem e da natureza, necessidade que a metafísica não estava suprindo. Husserl justifica a criação do método, ressaltando os problemas das ciências que, inconscientemente sofriam, no seu fazer, ações de caracteres externos: quadros psicológicos, históricos e sociais que transformavam a psicologia,