exercícios ritmicos do 5. ao 8. anos
Freddy Heimsch
(Palestra – 25/06/1992, para o Ensino Fundamental)
Iniciemos com uma questão básica: Porque Rudolf Steiner sugere aos professores de classe que diariamente façam uma parte rítmica com seus alunos? Em lugar algum do currículo está mencionado que o professor de matéria não possa fazê-lo. Ou seja, a criança poderia ter 2, 3, 4 tipos de exercícios rítmicos por dia. Os euritmistas fazem isso sempre, pois são pessoas inteligentes. Se eles puderem convencer os outros professores a fazer o mesmo, seria ótimo. Mas fica em aberto para o professor de matéria. Vocês certamente já notaram que a classe muda de antes para depois dos exercícios rítmicos. Mesmo notando a diferença, não sabemos o porquê. No início pensei que esses exercícios tinham a ver com a parte rítmica do ser humano, com a respiração, a circulação, etc. Há mais ou menos dez anos é que percebi, de repente, que é um contrassenso pensar assim, pois a parte rítmica do organismo se baseia num ritmo específico, que é o ritmo 1:4. Se mudarmos esse ritmo, essa relação existente de 1:4, surgem problemas. Se vocês mudarem o ritmo por meio de uma intensificação de ambos os fatores, desde que o resultado seja 1:4, tudo está bem. Portanto, para falar de exercícios rítmicos como alteradores da parte rítmica, significaria alterar a pulsação e a frequência respiratória. Nós fazemos isso recitando, tocando flauta, cantando, tendo um acesso de raiva diante da classe, sendo melancólicos, cometendo erros diante da classe, etc. Nestas situações ocorrem pequenas alterações da relação rítmica, mas este não é o sentido. O que queremos é o engajamento da vontade, que basicamente nada tema ver com o nosso ritmo. Como fazê-lo? O que acontece? – Dança-se samba e não se sabe por que ou como, simplesmente acontece, porque algo externo pede certa atividade como resposta. Também não é isso que buscamos. Não queremos fazer parte da parte rítmica da aula uma aula de pulos, como