Exercício do poder político em foucault
FICHAMENTO TEORIA GERAL DO ESTADO
As modernas teorias a respeito do exercício do poder político
FOUCAULT. Michel. Microfísica do Poder. 21ª edição. São Paulo: Graal. 2005. Capítulos XI “Genealogia e Poder” pp. 94-100 e XII “Soberania e disciplina.” pp. 100-107.
1. Foucault aponta o problema da constância de pesquisas e teorias repetitivas, descontínuas, que não se interligam e acabam não levando a resultado algum. 1.1. No entanto, apesar do evidente aspecto negativo da recorrência de tais pesquisas, estas acabaram gerando um ponto positivo, as críticas a elas mesmas. 1.2.1. Ocorreu uma inesperada proliferação de críticas a instituições, discursos, etc., e surpreendentemente essas críticas revelaram um “efeito inibidor próprio às teorias totalitárias”. 1.2.2. Essas críticas possuem caráter local, são autônomas e se efetuam através do “retorno do saber”, uma insurreição dos saberes já consolidados contra o poder centralizador, ligado à instituição e ao funcionamento de um discurso científico organizado. 1.2.3. Saberes dominados dividem-se em: saber erudito, o histórico, mascarado em coerências funcionais ou sistematizações formais, e o saber das pessoas, ingênuo, desqualificado, considerado inferior em relação à cientificidade. O acoplamento entre esses saberes deu força imprescindível à crítica, formando o saber histórico da luta. 1.2.4. O que permitiu a formação desse saber histórico da luta e sua utilização foi a genealogia, o acoplamento do conhecimento com as memórias locais. 1. Genealogia é procurar as particularidades que formam o conhecimento, as percepções e o saber, é um empreendimento que busca libertar dos discursos coercitivos do poder o saber histórico, torná-lo capaz de oposição. 2. Foucault nega os modos tradicionais de analisar o poder, questões como o que é o poder, centrando-se na sua face externa, nos efeitos do poder, nas suas