Exemplo de Direitos Humanos no Brasil
Direito
Professor: Fabiano
(Ciências Políticas)
Aluna: Ana Luísa Lopes Mariano (Primeiro Período, DIURNO)
ARACAJU, MARÇO
2014
“Não dá pra abandonar um povo tão sofrido"
Há mais de três décadas, a gaúcha Leonora Brunetto, 67 anos de idade, atua em defesa de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra. Integrante da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), irmã Leonora vem organizando lideranças e empoderando jovens para lutar pelo direito à terra e por questões associadas à pequena produção agroecológica.
Atuou no Rio Grande do Sul, em Tocantins, no Rio Grande do Norte e no Maranhão. Atualmente, integra a CPT do Norte de Mato Grosso, e vem enfrentando com a voz suave e calma, mas com garra, coragem e fé o agronegócio e as grilagens de terra que dominam a região. Sua aposta é no poder da juventude para garantir que a agricultura familiar se fortaleça e permaneça no local.
Como a senhora chegou até o trabalho com os sem-terra? Por que começou a atuar com direitos humanos?
Eu comecei a atuar com trabalhadores rurais em 1978, ainda no Rio Grande do Sul, onde nasci. Fazia parte da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria e, na época, os viticultores de Bento Gonçalves estavam muito desorganizados. Não tinham sindicato, não conseguiam vender direito suas uvas. Então eu iniciei um trabalho com os jovens agricultores de lá. Conseguimos que eles se organizassem, formassem sindicato, avançassem bastante no que se refere ao trabalho com a terra.
Foi um trabalho com frutos bastante positivos.
Fui convidada pela Congregação pra trabalhar na cidade de Presidente Kennedya do
Goiás, hoje no estado do Tocantins, em 1982. Lá, fui convidada também para integrar a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Com nosso trabalho, tentávamos fortificar os grupos de trabalhadores rurais para permanecerem na sua terra. E também trabalhávamos com grupos