Excesso de rigor ou falta de ética?

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Excesso de Rigor ou Falta de Ética?

Já presenciei várias situações envolvendo conflitos de professores e alunos acerca de critérios na correção de trabalhos. É verdade que o professor quase sempre se vê abarrotado de afazeres: trabalhos para corrigir, provas para elaborar, notas a lançar etc. Mas o que percebo em muitos profissionais da sala de aula é que eles não corrigem os trabalhos como deveriam. Usam muitas vezes critérios duvidosos de correção fazendo pré-julgamentos do aluno e avaliando o seu trabalho tendo como base o seu comportamento em sala de aula. Como se apenas os alunos participativos fossem capazes de criar excelentes trabalhos e escrever bons textos. Se levarmos em consideração este ponto de vista, podemos concluir que alunos retraídos ou inquietos são incapazes de fazer bons trabalhos e tirarem notas altas. Essa visão é arcaica e extremamente conservadora. O professor que faz esse pré-julgamento do aluno tende a agir com indiferença e, muitas vezes, nem sequer lê o trabalho; quando muito, passa os olhos rapidamente e quando, mesmo assim, consegue identificar boas obras faz correções equivocadas como o meu exemplo que após ter um texto corrigido fui acusado de plágio. Sempre fui um aluno quieto, pouco participativo e raras foram as vezes em que questionei o professor sobre alguma explicação errônea ou algum ponto de vista, a meu ver, equivocado; sempre fui assim, a minha vida inteira fui muito estudioso, mas sempre optei por absorver informações do mundo e poucas foram as vezes em que senti prazer em transmitir conhecimento. Por muito tempo odiava debates e por muitas vezes fiz trabalhos horríveis porque sabia que se fizesse como queria não iria conseguir uma boa nota, sabia que teria que agradar o professor para não ser reprovado, pois achava mais fácil assim do que “brigar” pelos meus direitos e defender minhas ideias. Hoje, contudo, estou mudado, tenho orgulho de trabalhar como professor, mesmo que não seja

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