Psicologia social
História (Psicologia Social)†
O autor propõe uma abordagem da história da Psicologia Social com a utilização de uma lógica que transcenda a tradicional visão centrada no Positivismo, tomando a Psicologia Social como um fenômeno norte-americano, embora europeu em suas raízes, para então finalizar com um apanhado dos desdobramentos que tal fenômeno teve no contexto brasileiro.
Seu método de relato é histórico relativístico: são consideradas as limitações do historiador, ou daquele que conta a história, em razão dos vieses que carrega consigo e que lhe foram transmitidos por aquele que lhe contou a história que pretende agora relatar. Existe uma noção de “história ideal” e “história de fato”, diferenciada pela percepção incutida no povo por aqueles que estão no poder e por aquilo que os registros factuais são capazes de revelar.
Como ponto de partida o autor trata daquele que é considerado o pai da Psicologia no mundo Ocidental, Wilhelm Wundt (1832-1920). Wundt havia se proposto a dar nascimento à Psicologia experimental da mente, tornando a Psicologia independente da Filosofia, uma vez que esta era um campo de estudo filosófico em Leipzig, e iria fazer isso sendo extremamente metódico em suas investigações experimental-introspectivas da experiência imediata à consciência, seu objeto de estudo. Por meio do uso de uma Lógica, de uma Ética e de Sistemas Filosóficos, tudo na melhor tradição filosófica, Wundt criaria um corpo teórico metafísico para sua nova ciência.
Tais procedimentos trouxeram a crítica dos positivistas, que seguiam o pensamento de Auguste Comte, segundo o qual uma Ciência Metafísica não seria justificável pois seria um oximoro, na sua concepção, com o perdão da redundância. Para aqueles que seguiam o pensamento de Comte, um homem muito doente e atormentado, havia três estágios para o desenvolvimento do conhecimento humano: o teológico, baseado em crenças e