Excelência nos Serviços Públicos
II, n. 6, mar. 2008.
EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS PÚBLICOS
*Faustino Vicente
Numa de nossas palestras, em atenção à uma pergunta sobre gestão de excelência, não tivemos dúvida em destacar o pensamento do célebre filósofo
Aristóteles (384-322a.C.). Dizia ele: "Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo, sim um hábito."O avanço da globalização, provocado pelas descobertas científicas e inovações tecnológicas, tem sido determinante para o acirramento da competitividade internacional. A qualidade das instituições públicas afeta a competitividade do Brasil, classificado pelo Fórum Econômico Mundial na 65ª colocação, entre 117 países.A missão do Estado é dar condições estruturais favoráveis ao desenvolvimento econômico e social.
Lição singular deu o Japão ao ressurgir das cinzas, como Fênix, tornando-se a segunda maior potência econômica do planeta. Qual o segredo do
"tigre" asiático? Elevados investimentos em educação por parte do governo e, em recursos humanos, pela iniciativa privada. A pedagogia alavanca a tecnologia e sinaliza que "não existe país subdesenvolvido, o que existe é país subadministrado"(Peter Drucker). A iniciativa do país do sol nascente levou até órgãos governamentais à implementação de programas de qualidade - adequação ao uso, com satisfação de clientes e consumidores. Qualidade é indispensável, porém sem produtividade - fazer cada vez mais, e melhor, com cada vez menos torna-se insuficiente na redução de custos operacionais, deixando as organizações vulneráveis à competitividade. Custos, principalmente os indiretos, nos faz lembrar de unha, que deve ser cortada freqüentemente pela sua incorrigível tendência de crescer.
Um dos fatores que mais provoca perda de produtividade nos serviços públicos é o excesso de burocracia, que além de não impedir corrupções e fraudes, tem inibido