Evolução das linguagens de programação
O tema “Cidades Inteligentes” vem despertando muita atenção. Nos últimos meses, perdi a conta de quantas palestras ministrei sobre o assunto. E porque há tanto interesse?
Bem, antes de mais nada, é importante reconhecer a crescente influência das cidades em nossa sociedade. São os locais onde a maioria da população do planeta reside. Em 2050, o cenário deve mudar para uma ampla maioria, cerca de 70%, segundo dados da ONU. É nelas que nasce a maioria das descobertas e inovações científicas. É nas cidades que as decisões políticas e econômicas são tomadas.
O rápido crescimento urbano, muitas vezes de forma descontrolada, como acontece na maioria dos países em desenvolvimento, gera desafios imensos. Aliás, o século 21 será um período extremamente desafiador, com a problemática do caos urbano, o aquecimento global, a superpopulação e as prováveis guerras pela água potável.
As cidades, para enfrentar o desafio de se tornarem mais humanas, precisam conciliar seu crescimento, redesenhando-se a si mesmas, criando ambientes mais seguros, sustentáveis e melhores para se viver. A tecnologia tem um papel fundamental neste contexto. É essencial criar uma relação entre os elementos tradicionais que compõem uma cidade e as novas tecnologias.
Mas, tecnologia por si só será insuficiente. Precisamos repensar um novo modelo econômico, que seja mais sustentável no longo prazo e menos esbanjador de recursos naturais. É preciso rever os processos de gestão das cidades, considerando que as tecnologias poderão impactar de forma significativa a vida urbana, criando cenários de mudanças nem sempre rapidamente compreendidas ou absorvidas.
As tecnologias trazem mudanças signficativas em seu bojo. Por exemplo, no final do século 19 o Conselho da cidade de Londres estava diante de um grande problema: como lidar com as milhares de toneladas de estrume de cavalo que cobriam suas ruas, todo ano? A solução veio com uma mudança tecnológica