evolução das fachadas cortinas
No Brasil, as fachadas cortinas evoluíram das estruturas em aço para o alumínio, e os sistemas se tornaram mais complexos até chegar ao unitizado, que pode receber vidro, painéis de alumínio composto (ACM) ou mesmo pedra. Os caixilhos e fachadas de alumínio foram introduzidos no mercado brasileiro na década de 60, coincidindo com a construção de Brasília. Na época, o novo material conquistou rapidamente espaço por apresentar vantagens que outros não conseguiam, como vedação, praticidade, leveza e acabamento.
Já no início dos anos 70, o aço foi eliminado totalmente da fachada e o perfil de alumínio extrudado, identificado como coluna, passou a cumprir função estrutural. A coluna era sempre usada pelo lado externo da fachada, dando um efeito verticalizado de marcações e escondendo um pouco a planicidade do vidro. Dez anos depois, a arquitetura mais avançada, optou por mostrar mais vidro – material que também teve considerável avanço tecnológico, incorporando recursos termoacústicos e de segurança, através do vidro laminado. Consequentemente, toda a estrutura da fachada ganhou um novo design, passando a coluna para o lado interno da estrutura. Nasciam, aí, as fachadas pele de vidro.
Apesar de toda a evolução, essa fachada ainda não oferecia a segurança necessária com relação à vedação. Embora com duas camadas, a vedação entre os perfis era desencontrada, o que impedia a vulcanização das guarnições de EPDM. Outro detalhe, é que o vidro era encaixilhado, resultando em enorme dificuldade para sua substituição. A chegada ao mercado brasileiro do silicone estrutural para fixação do vidro na estrutura de alumínio permitiu solucionar alguns problemas de vedação e, ainda, garantiu às fachadas visuais com maior aparência do vidro.
Com este novo incremento, os projetistas aperfeiçoaram o sistema de vedação, incluindo uma terceira camada de guarnições entre os perfis, num só plano, de tal forma a permitir a vulcanização do EPDM