Edifícios transparentes: o impasse entre confortEo térmico e apelo estético

Edifícios transparentes: o impasse entre conforto térmico e apelo estético

Karina de Castro Ferreira dos Santos – [e-mail]
Iluminação e Design de Interiores – Instituto de Pós Graduação

Resumo
Diante do crescente uso de superfícies envidraçadas nas edificações comerciais, institucionais e corporativas brasileiras, bem como da demanda pelo desenvolvimento de uma arquitetura eficiente do ponto de vista energético e de conforto térmico, este artigo tem o objetivo de enumerar e analisar os condicionantes e as consequências do uso do vidro como elemento de revestimento principal de uma edificação. O estudo foi desenvolvido através da abordagem das origens do uso das superfícies envidraçadas em edificações, dos obstáculos na busca pelo conforto térmico, e das respostas e soluções do mercado às dificuldades e situações de desconforto vivenciadas pelo usuário.
Palavras-chave: edifício comercial, conforto térmico, cortina de vidro.

1. Introdução
Não há como circular por qualquer grande metrópole dos dias atuais sem que se tenha a atenção atraída pelas cada vez mais ostensivas cortinas envidraçadas que revestem um número crescente de novos edifícios. A tendência dominante, entre arquitetos e construtores, de usar extensas superfícies de vidro para envelopar edificações, em especial as de uso comercial, tem transformado radicalmente o cenário dos grandes centros urbanos. (SCHNEIDER, 2011:71)
É crescente o uso de superfícies envidraçadas nos revestimentos externos de edificações, principalmente àquelas destinadas ao uso comercial, corporativo ou institucional. Essas destinações de uso demandam por uma arquitetura que imprima à edificação a imagem da empresa ou instituição que ali está sediada e, nesse contexto, o vidro se apresenta como material versátil, capaz de responder por aspectos importantes como luminosidade, transparência, visibilidade, identificação visual, e até mesmo status.
Não obstante o apelo estético, a definição da