EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Os sistemas sociais de produção, em seu primeiro estágio, se constituíam a partir do trabalho dos artesãos; trabalho este fundamentado em uma alta participação física do homem no processo. Neste período, a produção manual e de volume baixo demandava habilidades técnicas específicas que se expressavam na execução de produtos concretos. A estrutura, em geral, era composta por pessoas da mesma família que, reunidas em torno de um mesmo ofício, eram liderados por um mestre (Leonardo, 2002). A Revolução industrial, iniciada no início do século XVIII, levou a estrutura de produção a ter seu formato alterado em decorrência do surgimento das grandes empresas e do uso das máquinas. A revolução tecnológica levou ao agrupamento de grande número de pessoas em um sistema de produção, visando maior produtividade, modificando também a relação entre pessoas e organizações (Pearson, 2010). Leonardo (2002, p. 46) afirma que Taylor, estudioso de maior relevância da área neste período, mantinha os operários distantes do processo intelectual das organizações, “[...] tornando-o apenas um homem trabalhando como um apêndice da máquina [...]”. O foco estava ligado à engenharia e volume de produção, não sendo priorizado o trabalho humano. Ainda, o trabalhador operário era visto como preguiçoso e, se não fosse constantemente vigiado, não produziria, necessitando de um capataz que o fiscalizasse. Com o passar do tempo e a constatação de que esse modelo de administração de pessoas era insuficiente, estabeleceu-se a Escola das Relações Humanas, trazendo à realidade das organizações a visão das pessoas como parte integrante do processo produtivo. Esta fase observava a relação do homem em grupos e individualmente, ressaltando as vertentes da reação do homem ao que ocorre no sistema (Leonardo, 2002). Mesmo com as pesquisas e análises que atribuíam aos recursos humanos algum valor intrínseco, a imagem atribuída às organizações ainda se matinha fria