evolução da enfermagem
OBSTETRIZES E ENFERMEIRAS
OBSTÉTRICAS: VELHOS PROBLEMAS OU
NOVAS POSSIBILIDADES?
MARIA LUIZA GONZALEZ RIESCO
Universidade de São Paulo
MARIA ALICE TSUNECHIRO
Universidade de São Paulo
esumo:
R esumo Refere-se às transformações na formação profissional de parteiras, obstetrizes e enfermeiras obstétricas no Brasil, desde a criação dos cursos de parteiras vinculados às escolas médicas, no século XIX, até as mais recentes experiências, mediante cursos de especialização em enfermagem obstétrica. Discute os modelos de formação dos profissionais que existem em outros países, considerando tanto o ensino independente da obstetrícia como a modalidade vinculada aos cursos de enfermagem. Apresenta proposta de um curso de obstetrícia para ser oferecido por escolas de enfermagem. alavras-chave: Palavras-chave obstetriz, enfermagem obstétrica, ensino.
Este artigo trata da formação de obstetrizes e enfermeiras obstétricas no Brasil, além de traçar um pequeno panorama em outros países, para fornecer elementos de compreensão dos diferentes modelos que existem.
As profissões de enfermeira, parteira, obstetriz e enfermeira obstétrica, em sua origem, formação e exercício profissional, são diferenciadas. Parteira é o título mais antigo dessa profissional, posteriormente denominada enfermeira obstétrica e obstetriz. Enfermeira obstetra é a denominação mais recente e consolida a formação de enfermeira (substantivo), adjetivada pela titulação de especialista na área (obstetra, como adjetivo). Embora pareçam nuanças de menor importância, traduzem modificações na legislação de ensino e na concepção quanto à modalidade de formação e da própria profissão.1
Com relação à capacitação profissional de obstetrizes e enfermeiras obstétricas, historicamente coexistem dois tipos de programas educacionais: o modelo europeu, ou via direta, com o ingresso em cursos de obstetrícia anexos às escolas médicas ou de enfermagem, e o americano, em